O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), núcleo de Sinop, denunciou 53 pessoas por participação em uma facção criminosa com ramificações em várias cidades de Mato Grosso. A acusação, protocolada nesta segunda-feira (22), decorre da Operação Joia Rara, deflagrada em junho, e aponta a prática dos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico.
Segundo o Gaeco, o grupo atuava em Guarantã do Norte, Novo Mundo e municípios vizinhos, mantendo atividades em espaços públicos e de grande circulação, como bares, frigoríficos, festas e casas de prostituição. As investigações revelaram ainda o uso de adolescentes e a continuidade das ordens vindas de dentro dos presídios.
Um dos líderes identificados, D. J. O. M., mesmo encarcerado, comandava as operações e foi encaminhado para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), após determinação da Justiça. Outros detentos envolvidos também foram transferidos para o Regime Penal Disciplinar, com o objetivo de cortar a comunicação e enfraquecer a cadeia de comando.
A denúncia descreve a estrutura da facção como uma verdadeira “empresa do crime”, organizada em funções específicas: líderes locais, tesoureiros, distribuidores, lojistas (traficantes), além de responsáveis pelo apoio logístico e financeiro. O grupo ainda monitorava a movimentação policial em tempo real.
Para a coordenação das atividades, a facção utilizava aplicativos de mensagens, onde eram feitas cobranças de mensalidades, ordens de comando e repasse de informações. Foram apreendidas planilhas detalhando vendas, listas de distribuição e registros de pagamentos via PIX, evidenciando o nível de profissionalização da rede criminosa.
A denúncia agora segue para análise da Justiça, que avaliará a abertura da ação penal contra os 53 acusados.




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