Mato Grosso aparece novamente no Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão, a chamada “Lista Suja”, divulgada nesta segunda-feira (6) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Entre 2020 e 2025, a Auditoria Fiscal do Trabalho resgatou 41 pessoas em 11 propriedades e empresas do estado.
Entre os casos que chamaram atenção está o do pecuarista Wilson José de Andrade Guedes, da Fazenda Passagem da Onça, em Chapada dos Guimarães, de onde um trabalhador foi resgatado. Outro destaque é a RC Mineradora, em Alta Floresta, responsável pelo maior número de resgates, com 10 trabalhadores retirados de condições degradantes.
A Lista Suja foi criada em 2003 e tem como objetivo dar transparência às ações fiscais de combate ao trabalho escravo, envolvendo órgãos como a Auditoria Fiscal do Trabalho, Polícia Federal, Ministério Público do Trabalho e Ministério Público Federal. A inclusão no Cadastro ocorre apenas após processos administrativos que garantem direito de defesa aos autuados, e os nomes permanecem publicados por dois anos.
Além dos citados, outros empregadores em Mato Grosso incluídos na lista são Tomas Andrzejewski, Madeireira Medianeira, Guizardi Junior Construtora e Incorporadora Ltda, Manoel dos Santos, Tomaz Edilson Filice Chayb, Roberto dos Santos, Eduardo Antônio Barros da Silva, Welmiston Aparecido Oliveira Borges e Vilson Balotin, totalizando 11 registros no estado.
No Brasil, entre 2020 e 2025, 1.530 trabalhadores foram resgatados em condições análogas à escravidão, com os maiores números em Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Bahia.




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