A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou nesta sexta-feira (26) a Operação Conexão Criminosa, voltada para desmantelar duas associações criminosas independentes envolvidas em fraudes eletrônicas contra personalidades públicas do estado. A ação, coordenada pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), cumpriu seis mandados judiciais em Cuiabá e Várzea Grande, incluindo buscas domiciliares e quebras de sigilo telemático.
Segundo o delegado Guilherme Campomar da Rocha, os dois inquéritos investigam crimes de estelionato qualificado por fraude eletrônica e associação criminosa. Embora atuassem separadamente, os grupos mantinham modos de operação semelhantes, utilizando dados falsos, contas bancárias de terceiros e aplicativos de mensagens para enganar vítimas.
Uma das frentes apura tentativas de golpe contra uma empresa do ramo da construção civil. Em uma das ações, um criminoso se passou por sócia da companhia e tentou induzir um funcionário a transferir dinheiro para contas de terceiros. Durante as diligências, a polícia identificou um casal responsável por coordenar as fraudes e recrutar pessoas dispostas a “vender” suas contas bancárias, além de uma mulher encarregada de alterar os cadastros dessas contas para dificultar o rastreamento do dinheiro.
O segundo inquérito teve início após a tentativa de golpe contra uma autoridade estadual, em março de 2023. Na ocasião, os criminosos utilizaram a foto de um parente da vítima em mensagens de WhatsApp para pedir transferências via Pix. A investigação revelou que o núcleo familiar suspeito operava a partir de um imóvel em Várzea Grande, utilizando documentos falsificados para abrir contas bancárias e criar perfis falsos em aplicativos.
Durante a operação, foram apreendidos celulares, chips, documentos e outros materiais que agora serão submetidos à perícia. As informações coletadas devem auxiliar a Polícia Civil a identificar novos envolvidos e aprofundar as investigações.
A Operação Conexão Criminosa contou com apoio das Delegacias Especializadas em Crimes Fazendários (DEFAZ) e de Combate à Corrupção (DECCOR). Para a DRCI, a ação reforça o compromisso da corporação no combate ao crime cibernético, que tem causado prejuízos significativos à sociedade mato-grossense.
